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sexta-feira, 13 de outubro de 2006

Até que ponto... ( I e II )

Hoje vim até minha página e miraculosamente ou nem tanto, o último post havia sumido... Talvez eu mesma o tenha apagado sem querer, ou mesmo meu filho de seis anos, o Lucas tenha mexido enquanto eu estava ao telefone.
O fato é que gostei muito dos comentários e acima de tudo amei tê-lo escrito. A escrita foi há muito tempo usada por mim como um meio de fuga, mas hoje vejo com clareza que na verdade ela foi minha aliada...
Quando escrevo é por necessidade de expor meus conflitos e posições perante as pessoas que me rodeiam e isso me serve como espelho... Em suma posso ver a situação melhor do que veria se não fosse exposta.
Meu filho mais velho como Merton mesmo escreveu num comentário, é um filho de ouro. Ele é o jovem mais velho que conheço...
Tem idéias e ideais próprios de sua natureza e que não são copiados de ninguém. É amoroso e dedicado a todos que ele tem como amigo, seu corpo está ficando adulto mas sua mente e espírito há muito extrapolou essa condição...
Não sei quando isso aconteceu mas eu não fiz nada para bloquear isso, pois acredito que tudo tem que ser como é... a não ser que não seja natural...
Então pergunto: Até que ponto tenho o direito de interferir nas escolhas de meus filhos?
Se meus filhos decidirem que está na hora de fazerem algo, tomarem atitude sem me consultarem, quem sou eu para me revoltar contra isso?
Sou egoista, talvez como toda mãe é, ou talvez seja mesmo muito pior...
Sou insensata e agora não cabe dúvidas em meu julgamento... Sou mesmo a pior egoista que conheço!
Não posso interferir em escolhas alheias, não posso pedir para que chorem nos meus ombros, pois até mesmo eu nunca chorei nos ombros alheios sem querer que isso acontecesse. Não posso pedir para que façam escolhas propostas por mim ou com minha aprovação... por mais que tudo isso me doa...
Sempre me achei sensata, amiga e amorosa incondicionalmente com relação aos meninos e às pessoas em geral. Hoje estou em dúvida...
Quando era criança..., não, quando era adolescente fingia que estava de acordo e na maioria das vezes meus pais nem mesmo desconfiavam que eu havia feito diferente da opinião que eles haviam me dado. O Felipe, vejo isso com a máxima clareza, possui um caráter acima da média, e é integro em tudo oque faz, pensa e diz.
Não tenho que me preocupar, mas me preocupo. Ou antes, me dói.
Espero que passe rápido essa dor e impotência...
Mas fica essa pergunta...
Até que ponto...?

6 comentários:

H K Merton disse...

Uau!! Ufa!

Isso é que é mãe! Isso é que é mulher, no melhor dos sentidos!

Se todas fossem iguais a você......

Caramba Silvia... Acho que sou seu fã! Olha como as nossas fraquezas se transformam em força quando são, assim, assumidas, confessas, expostas, com um objetivo sincero de mudar pra melhor.

Continue escrevendo, porque escrever é isso mesmo, da maneira como vejo. Um modo de "cristalizar" os próprios pensamentos, torná-los visíveis, para que possamos lidar melhor com eles.

Anônimo disse...

=)

Anônimo disse...

Você e seu filho são duas realidades, tão infinitas quanto o universo. E vai ser comum que vocês não andem no mesmo sentido.

Alie o coração à razão e tudo dará certo. :)

P.s.: vc sumiu do msn. to bloqueado?

se melhorar estraga disse...

Obrigada pelos elogios, H. Você sabe que eu tb te admiro e adoro ler seus posts. Abraço.

se melhorar estraga disse...

Oi Guliver. Não te bloqueei, só não está dando tempo de entrar. Abraço para vc e para Silvia.

se melhorar estraga disse...

Para vcs anônimos que sempre me visitam, obrigada! Abraços...