O dia das bruxas no Brasil não é tão comemorado quanto deveria ser... É um dia em que as crianças do interior, pelo menos, se divertem mais que no carnaval, e mais até que no próprio aniversário.
Ontem a escola de meu filho Lucas de 6 anos, me avisou que haveria a comemoração hoje, e que as crianças que quisessem poderiam ir fantasiadas. Ora! Quem é que não iria querer ir?
De preferência com uma fantasia bem assustadora...?
Levei meus filhos à uma loja especializada em fantasias e nos divertimos ali. É incrível como se pode ficar algum tempo sem fazer nada, apenas olhando máscaras e roupas.
Comprei 3 máscaras, dessas emborrachadas, e feliz do meu bolso, nenhum deles quiseram a roupa completa, que custava a bagatela de R$ 40,00 cada. Somente a máscara, paguei R$ 6,50 cada, e aproveitamos a promoção de cetros cadavéricos e foices que havia na loja: R$ 4,50 cada.
Á noite fomos ao clube e o Lucas com a máscara do Pânico e com aquela foice assustava a todas as crianças, principalmente as meninas, que gritavam e corriam com ele atrás... Foi muito interessante a cena...
Hoje aconteceu a mesma coisa na escola, quando ele chegou à sala todos gritaram e ele se sentiu, deu para perceber, o senhor de tudo, principalmente das meninas... hehehe.
O Lucas está em uma idade meio que egocêntrica, eu diria.
Faz perguntas diretas, pensa sobre as coisas mais duvidosas, e tem vontade própria. Por isso mesmo segundo as professoras que teve, não era tão popular com outras crianças.
A atual professora, é tão direta quanto ele... Há um tempo me chamou e foi taxativa: "... traga um saco de pirulito, balas ou bexigas, para que o próprio Lucas distribua aos colegas de classe. Isso servirá como meio de fazer amizade."
Então, é isso! Comprei a amizade dos coleguinhas por sacos de pirulitos e bexigas de R$1,99 cada.
Agora é o menino mais popular da escola. As crianças o escutam quando fala, com aquele ar de respeito e olhos arregalados de surpresa.
Só para você saber vou lhe contar uma das pérolas do Lucas:
" Estávamos procurando um canal de Tv para assistirmos, quando o telefone tocou e fui atender. Ele continuou a procurar e parou em um programa evangélico, bem na hora em que um pastor dizia que se você precisa de algo peça a Deus que Ele te dará. E ele ficou muito impressionado com o que veio depois. Uma mulher dava depoimento contando que estivera desempregada, doente e sem dinheiro mesmo para comida. Mas pediu e pediu e Deus a ouviu.
Hoje ela tem 2 carros na garagem, uma casa com piscina, e todas as contas pagas.
Aí veio a pergunta de meu pequeno: Se Deus sabe sobre tudo, até meus pensamentos, como é que todo mundo precisa avisá-lo que PRECISA de alguma coisa?
Não sou religiosa, quer dizer não frequento a igreja, mas de acordo com as dúvidas vou respondendo como eu acredito que seja. Então sempre respondo de acordo com a minha verdade pessoal, o que não é nenhuma garantia que seja a realidade. Mas é claro que desde o Felipe que já tem 15 anos, eu aviso que EU ACREDITO que seja assim ou assado, mas VOCÊ pode acreditar em outras respostas também...
Mas enfim, o que responder a uma pergunta que eu mesma já me fiz algumas vezes?
Tenho muita fé em Deus, mas não acredito que ele possa perder tempo me dando um carro, uma casa, ou dinheiro para as contas. Sempre procurei a paz espiritual, dizimar maus pensamentos, acabar com sentimentos como ciúmes, raiva, rancor...
Sempre acreditei que se trabalhasse e fosse organizada, teria um carro, uma casa, e dinheiro para as contas, e não que Deus me daria tudo. Pois se assim pensasse, jamais sairia de casa deixando três crianças com estranhos, para ganhar o pão de cada dia e ajudar nas despesas da casa.
Mas ele queria saber porquê é necessário pedir, se Ele já sabe de que precisamos...
Eu infelizmente divaguei sobre a necessidade de que todos temos, inclusive Deus de ouvir o pedido de ajuda, e ainda (aí enfiei os pés pelas mãos) a necessidade que se faz de perceber se a pessoa que precisa merece ser ajudada.
Então ele olha para mim e muito chateado diz: Ah!´Essas pessoas que moram naquele país que passa fome (Etiópia) Não devem merecer ajuda Dele, né?
Assim, Se alguém puder me ajudar a consertar... por favor, sintam-se à vontade.
terça-feira, 31 de outubro de 2006
sábado, 28 de outubro de 2006
TEMPO!!!!
After a while
Veronica Shoffstall
After a while you learn the subtle difference
between holding a hand and chaining a soul
and you learn that love doesn't mean leaning
and company doesn't always mean security.
And you begin to learn that kisses aren't contracts
and presents aren't promises
and you begin to accept your defeats with your head up and your eyes ahead with the grace of woman, not the grief of a child and you learn to build all your roads on today because tomorrow's ground is too uncertain for plans and futures have a way of falling down in mid-flight. After a while you learn that even sunshine burns if you get too much so you plant your own garden and decorate your own soul instead of waiting for someone to bring you flowers. And you learn that you really can endure you really are strong you really do have worth and you learn and you learn with every goodbye, you learn.
A tradução:
Depois de um tempo : Veronica Shoffstall
Depois de um tempo você aprende a sutil diferença entre segurar uma mão e acorrentar uma alma e você aprende que amar não significa apoiar-se e companhia não quer sempre dizer segurança e você começa a aprender que beijos não são contratos e presentes não são promessas e você começa a aceitar suas derrotas com sua cabeça erguida e seus olhos adiante com a graça de mulher, não a tristeza de uma ciança e você aprende a construir todas as estradas hoje porque o terreno de amanhã é demasiado incerto para planos e futuros têm o hábito de cair no meio do vôo Depois de um tempo você aprende que até mesmo a luz do sol queima se você a tiver demais então você planta seu próprio jardim e enfeita sua própria alma ao invés de esperar que alguém lhe traga flores E você aprende que você realmente pode resistir você realmente é forte você realmente tem valor e você aprende e você aprende com cada adeus, você aprende.
Veronica Shoffstall
After a while you learn the subtle difference
between holding a hand and chaining a soul
and you learn that love doesn't mean leaning
and company doesn't always mean security.
And you begin to learn that kisses aren't contracts
and presents aren't promises
and you begin to accept your defeats with your head up and your eyes ahead with the grace of woman, not the grief of a child and you learn to build all your roads on today because tomorrow's ground is too uncertain for plans and futures have a way of falling down in mid-flight. After a while you learn that even sunshine burns if you get too much so you plant your own garden and decorate your own soul instead of waiting for someone to bring you flowers. And you learn that you really can endure you really are strong you really do have worth and you learn and you learn with every goodbye, you learn.
A tradução:
Depois de um tempo : Veronica Shoffstall
Depois de um tempo você aprende a sutil diferença entre segurar uma mão e acorrentar uma alma e você aprende que amar não significa apoiar-se e companhia não quer sempre dizer segurança e você começa a aprender que beijos não são contratos e presentes não são promessas e você começa a aceitar suas derrotas com sua cabeça erguida e seus olhos adiante com a graça de mulher, não a tristeza de uma ciança e você aprende a construir todas as estradas hoje porque o terreno de amanhã é demasiado incerto para planos e futuros têm o hábito de cair no meio do vôo Depois de um tempo você aprende que até mesmo a luz do sol queima se você a tiver demais então você planta seu próprio jardim e enfeita sua própria alma ao invés de esperar que alguém lhe traga flores E você aprende que você realmente pode resistir você realmente é forte você realmente tem valor e você aprende e você aprende com cada adeus, você aprende.
quinta-feira, 26 de outubro de 2006
PAIS...
Minha mãe tem um problema... Já está com idade avançada e não consegue perceber.
Não consegue fazer o serviço de casa, não consegue sequer cuidar de sí própria, quanto mais de outras pessoas... mas se revolta.
Não consegue viver um só dia sem reclamar de como acordou, de como passou o seu dia, de como dormiu à noite... Não consegue nem mesmo deixar de reclamar dos outros.
Minha mãe tem um problema de não enxergar que Deus em sua infinita sabedoria não deixa que nem mesmo uma folha caia da árvore sem que seja permitido por Ele.
Não adianta pedir... nem esperar que vá ao médico... ela simplesmente não quer. Reclama que não a entendemos... Mas eu tenho um problema muito grande.
Como filha não compreendo como ela não percebe o quanto a amo e fica difícil lembrar-me daquela que era invencível até nas piores horas, daquela que andava vários quarteirões para chegar às lojas do centro da cidade por gostar de andar. Aquela que me ensinou a ser uma super mãe e uma super filha.
Essa mulher corajosa parece ter medo para lutar e agir. Prefere benzimentos a ir ao médico... prefere se arrastar nos dias afastando as pessoas com seu temperamento difícil.
Levei-a ao médico sob protestos, pois dizem que ela tem um certo receio de mim. O médico disse que é necessário tomar os remédios e se não melhorar em dois dias retornar...
Hoje seria seu retorno... Ela veio e me disse que foi benzer e vai usar um certo chá que agora não me recordo o nome.
Eu disse a ela que às vezes temos que escolher por nós mesmos, se tivermos condições.
Mas às vezes se faz necessário que outras pessoas escolham por nós.
Hoje darei o direito de escolha para você... Amanhã ou um dia próximo, escolherei novamente por nós duas e se possível com todos os outros que formam minha família não tão unida quanto deveria ser, a não ser em épocas sombrias, ocasião em que nos unimos e esquecemos as diferenças e lembramos do Amor que nos une... mesmo que delicadamente.
Meu pai, sofre mais que todos... ele não sabe o que fazer e espera que alguém tome a dianteira. É um bom homem, e como uma criança fala mais do que pensa...
Não me irrito com eles.
Fico chateada por deixarem as coisas ficarem assim.
Não ligo de cuidar deles, já o fiz outras vezes, juntamente com minha irmã e cunhada, e o faria mesmo sem ajuda. MAs para isso é necessário a aceitação de minha mãe.
Precisa aceitar que não pode mais seguir sozinha com meu pai, e que meu pai não pode mais seguir sozinho com ela.
Precisa entender que os amamos muito, mas não cabe mais a eles fazerem suas próprias escolhas... Não quando já não dão conta.
O que faríamos de pior por eles?
Mas sobretudo, o que faríamos de melhor por eles?
Farei sempre o necessário e um pouco mais... pelo simples fato de ser grata por tudo... e de amá-los com todo o meu ser.
Beijos.
Não consegue fazer o serviço de casa, não consegue sequer cuidar de sí própria, quanto mais de outras pessoas... mas se revolta.
Não consegue viver um só dia sem reclamar de como acordou, de como passou o seu dia, de como dormiu à noite... Não consegue nem mesmo deixar de reclamar dos outros.
Minha mãe tem um problema de não enxergar que Deus em sua infinita sabedoria não deixa que nem mesmo uma folha caia da árvore sem que seja permitido por Ele.
Não adianta pedir... nem esperar que vá ao médico... ela simplesmente não quer. Reclama que não a entendemos... Mas eu tenho um problema muito grande.
Como filha não compreendo como ela não percebe o quanto a amo e fica difícil lembrar-me daquela que era invencível até nas piores horas, daquela que andava vários quarteirões para chegar às lojas do centro da cidade por gostar de andar. Aquela que me ensinou a ser uma super mãe e uma super filha.
Essa mulher corajosa parece ter medo para lutar e agir. Prefere benzimentos a ir ao médico... prefere se arrastar nos dias afastando as pessoas com seu temperamento difícil.
Levei-a ao médico sob protestos, pois dizem que ela tem um certo receio de mim. O médico disse que é necessário tomar os remédios e se não melhorar em dois dias retornar...
Hoje seria seu retorno... Ela veio e me disse que foi benzer e vai usar um certo chá que agora não me recordo o nome.
Eu disse a ela que às vezes temos que escolher por nós mesmos, se tivermos condições.
Mas às vezes se faz necessário que outras pessoas escolham por nós.
Hoje darei o direito de escolha para você... Amanhã ou um dia próximo, escolherei novamente por nós duas e se possível com todos os outros que formam minha família não tão unida quanto deveria ser, a não ser em épocas sombrias, ocasião em que nos unimos e esquecemos as diferenças e lembramos do Amor que nos une... mesmo que delicadamente.
Meu pai, sofre mais que todos... ele não sabe o que fazer e espera que alguém tome a dianteira. É um bom homem, e como uma criança fala mais do que pensa...
Não me irrito com eles.
Fico chateada por deixarem as coisas ficarem assim.
Não ligo de cuidar deles, já o fiz outras vezes, juntamente com minha irmã e cunhada, e o faria mesmo sem ajuda. MAs para isso é necessário a aceitação de minha mãe.
Precisa aceitar que não pode mais seguir sozinha com meu pai, e que meu pai não pode mais seguir sozinho com ela.
Precisa entender que os amamos muito, mas não cabe mais a eles fazerem suas próprias escolhas... Não quando já não dão conta.
O que faríamos de pior por eles?
Mas sobretudo, o que faríamos de melhor por eles?
Farei sempre o necessário e um pouco mais... pelo simples fato de ser grata por tudo... e de amá-los com todo o meu ser.
Beijos.
sábado, 21 de outubro de 2006
Sabedoria e persistência...
Vocês conhecem alguém que sempre começa algo e acabam sempre desistindo no meio do caminho?
Começa a fazer aulas de desenho... e dias depois desiste dizendo que o professor não sabe nada.
Vai aprender a tocar violão... e desiste dizendo que a professora é uma chata.
Na escola, tira notas ruins e diz que a escola não presta.
As coisas podem não ser tão perfeitas como a gente gostaria mas para elas darem certo depende sempre de nós mesmos, de planejamento e persistência.
Ninguém merece ser aquele tipo de pessoa que acha que tudo cairá do céu sem ser necessário o mínimo de esforço de sua parte.
Será que o melhor jogador do mundo não treinou o bastante para merecer estar no topo? Será que Um tenor não fez aula de canto?
"Ninguém chegará a nenhum lugar sem esforço."
Meu pai me dizia isso eu jamais duvidei um segundo que ele estava certo. Ontém ele repetiu para meu filho do meio, e eu descobri que foi acreditando nisso que sempre me esforcei para ser o que sou. Para batalhar por tudo o que acho certo.
Meu pai mesmo sem estudos batalhou e usou de sabedoria para criar 5 filhos de diferentes idades. Mesmo em seus piores dias é capaz de estar de bom humor.
Aliás nunca me lembro de tê-lo visto xingando ou odiando, maldizendo e com raiva.
Nervoso sim, mas nunca irado.
Ele é a prova viva de que para ser feliz, não é necessário que todo mundo vire um profissional famoso, um jogador riquíssimo, um intelectual brilhante. O importante é a gente descobrir o que gosta de fazer e fazer da melhor maneira possível.
E mais ainda, que a gente perceba que na novela da nossa vida nós é que somos os protagonistas e não os outros.
Um grande beijo,
Sil
Começa a fazer aulas de desenho... e dias depois desiste dizendo que o professor não sabe nada.
Vai aprender a tocar violão... e desiste dizendo que a professora é uma chata.
Na escola, tira notas ruins e diz que a escola não presta.
As coisas podem não ser tão perfeitas como a gente gostaria mas para elas darem certo depende sempre de nós mesmos, de planejamento e persistência.
Ninguém merece ser aquele tipo de pessoa que acha que tudo cairá do céu sem ser necessário o mínimo de esforço de sua parte.
Será que o melhor jogador do mundo não treinou o bastante para merecer estar no topo? Será que Um tenor não fez aula de canto?
"Ninguém chegará a nenhum lugar sem esforço."
Meu pai me dizia isso eu jamais duvidei um segundo que ele estava certo. Ontém ele repetiu para meu filho do meio, e eu descobri que foi acreditando nisso que sempre me esforcei para ser o que sou. Para batalhar por tudo o que acho certo.
Meu pai mesmo sem estudos batalhou e usou de sabedoria para criar 5 filhos de diferentes idades. Mesmo em seus piores dias é capaz de estar de bom humor.
Aliás nunca me lembro de tê-lo visto xingando ou odiando, maldizendo e com raiva.
Nervoso sim, mas nunca irado.
Ele é a prova viva de que para ser feliz, não é necessário que todo mundo vire um profissional famoso, um jogador riquíssimo, um intelectual brilhante. O importante é a gente descobrir o que gosta de fazer e fazer da melhor maneira possível.
E mais ainda, que a gente perceba que na novela da nossa vida nós é que somos os protagonistas e não os outros.
Um grande beijo,
Sil
segunda-feira, 16 de outubro de 2006
Será a vida...
...ou outra coisa qualquer?
Sabe aquela história de que prá tudo se dá um jeito? Ensinei desde cedo meus filhos a pensarem assim, sem mesmo saber. Nem sempre tivemos vida de classe média mais ou menos.
Quando eu tinha 18 anos descobri que estava grávida de 20 dias. Tinha ido ao médico pois subitamente desenvolvi um sintoma de gastrite (hehehe). Chegando lá, atravéz de um ultrasom, vimos o coraçãozinho do Felipe batendo. Foi de certo modo a experiência mais gostosa e apavorante que tive, até então.
Não sei como disse ao meu pai o que havíamos feito, isto é um neto, até hoje. É tudo muito confuso... Minha maior lembrança é a conversa que tive com o meu irmão Nelson, sobre as possibilidades. Para ele estava fora de cogitação o aborto, e para mim também. Mais tarde e naquela mesma semana, contamos a todos, um por um de ambas as famílias. Alguns foram contra meu casamento... mas esses são contra até hoje... outros nos deram força e nos ajudaram em tudo que puderam.
Sempre achei que teria 3 filhos homens. A idéia de ter uma menina me apavorava imensamente. Não sei dizer se é por eu ter uma personalidade muito forte, ou por acreditar que nós mulheres temos mais dificuldades em conseguir o que queremos.
Achava que tinha nascido para ser mãe. E sei que isso em parte foi idealizado tintim por tintim... Em parte sempre foi a mais bela verdade.
Nosso plano financeiro incluia mais filhos, bom, pelo menos mais um, de preferência esse teria que ser planejado.
O Felipe sempre foi diferente. Sempre lendo e fazendo contas desde cedo. Atencioso com todos, era companheiro inseparável de meu pai. Adorava e ainda adora os avós maternos.
Mas seu mundo era incompleto segundo suas palavras, já aos 4 anos de idade. Ele necessitava de um irmão com urgência.
Perguntava a ele porquê, e explicava que sendo somente ele, poderíamos dar-lhe muito mais do que se tivéssemos mais um filho. A resposta dele era sempre a mesma: "...preciso de um irmão para dividir meus brinquedos e para cuidar dele".
Fiz um tratamento e quando já havia desistido de ter mais um filho, engravidei.
Acho que o Felipe descobriu que afinal de contas não era tão simples assim.
O bebê chorava, fazia cocô, xixi, e pior de tudo mais dormia que ficava acordado.
Mas em nenhum momento ví arrependimento em seus olhos por ter pedido um irmão.
Hoje ele toca guitarra, cuida dos irmãos quando preciso, é dedicado e consciente sobre todas as coisas. Escreve muito, lê sobre qualquer assunto mesmo que não o interesse, e tem sua própria opinião lutando por ela com unhas e dentes.
O Tiago é especial... tem uma inteligência e percepção que não se pode definir.
Desde cedo teve problemas com visões. Se chegasse em sua casa e visse algo ou alguém que só ele via, não entrava e não nos deixava entrar. Hoje ele ainda vê pessoas que só existem para seus olhos mas não tem mais medo. Acontece com menor frequência, mas tenho muita ajuda de um pediatra que é espiritualista.
Ele toca violão como ninguém, canta músicas que parecem cantadas para mim somente, escreve com a naturalidade de escritor e tem a maior imaginação para contar estórias que já ví.
Esse meu filho é um anjo com olhos de passarinho, sempre alegre e amoroso... Mas as vezes realmente bravo e impetuoso.
O Lucas! O terceiro e espero que o último para o bem de minhas finanças...
Ele chegou como o Felipe... inesperadamente e sem planejamento algum.
Nem preciso dizer que foi um choque momentâneo saber que estava grávida pela terceira vez, mesmo evitando com anticoncepcionais.
A época foi aquela das pílulas da farinha... A primeira coisa que meu médico me instruiu a fazer foi entrar na justiça com pedido de indenização. É claro que não entrei...
Me perguntava se era justo fazê-lo, pois nessa época tinha muitas dúvidas a respeito dos designios de Deus e suspeitava que Ele estava me dando uma pessoa para cuidar que há muito tempo esperava por esse momento.
Quando o Lucas nasceu era bebê mais lindo que havia no berçário.
Todas as enfermeiras me diziam como ele era diferente, pois era grande, de olhos amendoados e sempre abertos... parecia mesmo que estava sempre sorrindo com o canto dos olhos.
Tinha as bochechas rosadas e gordas... era na realidade a perfeição. Talvez fosse um anjo.
Ele não chorava... na realidade não me lembro nunca desse fato ter ocorrido.
Ele é amoroso, didicado, sabe todos os pontos fracos das pessoas que mantem contato, para poder irritá-las quando quer, gosta de ajudar a todos, de conversar e já sabe ler há algum tempo.
Ele é o xodó de casa, mas também é o que mais dá trabalho por ser tão pró-ativo.
Esses são meus filhos... as pessoas mais importantes que já conheci.
Por eles aprendi a ser flexível em tudo que faço, aprendi a ser mais bonita por dentro e por fora.
Eles são o melhor de mim, por isso são melhores...
Mas acho realmente que para tas as pessoas sou apenas mais uma mãe... e é assim que deve ser.
Beijos.
Sabe aquela história de que prá tudo se dá um jeito? Ensinei desde cedo meus filhos a pensarem assim, sem mesmo saber. Nem sempre tivemos vida de classe média mais ou menos.
Quando eu tinha 18 anos descobri que estava grávida de 20 dias. Tinha ido ao médico pois subitamente desenvolvi um sintoma de gastrite (hehehe). Chegando lá, atravéz de um ultrasom, vimos o coraçãozinho do Felipe batendo. Foi de certo modo a experiência mais gostosa e apavorante que tive, até então.
Não sei como disse ao meu pai o que havíamos feito, isto é um neto, até hoje. É tudo muito confuso... Minha maior lembrança é a conversa que tive com o meu irmão Nelson, sobre as possibilidades. Para ele estava fora de cogitação o aborto, e para mim também. Mais tarde e naquela mesma semana, contamos a todos, um por um de ambas as famílias. Alguns foram contra meu casamento... mas esses são contra até hoje... outros nos deram força e nos ajudaram em tudo que puderam.
Sempre achei que teria 3 filhos homens. A idéia de ter uma menina me apavorava imensamente. Não sei dizer se é por eu ter uma personalidade muito forte, ou por acreditar que nós mulheres temos mais dificuldades em conseguir o que queremos.
Achava que tinha nascido para ser mãe. E sei que isso em parte foi idealizado tintim por tintim... Em parte sempre foi a mais bela verdade.
Nosso plano financeiro incluia mais filhos, bom, pelo menos mais um, de preferência esse teria que ser planejado.
O Felipe sempre foi diferente. Sempre lendo e fazendo contas desde cedo. Atencioso com todos, era companheiro inseparável de meu pai. Adorava e ainda adora os avós maternos.
Mas seu mundo era incompleto segundo suas palavras, já aos 4 anos de idade. Ele necessitava de um irmão com urgência.
Perguntava a ele porquê, e explicava que sendo somente ele, poderíamos dar-lhe muito mais do que se tivéssemos mais um filho. A resposta dele era sempre a mesma: "...preciso de um irmão para dividir meus brinquedos e para cuidar dele".
Fiz um tratamento e quando já havia desistido de ter mais um filho, engravidei.
Acho que o Felipe descobriu que afinal de contas não era tão simples assim.
O bebê chorava, fazia cocô, xixi, e pior de tudo mais dormia que ficava acordado.
Mas em nenhum momento ví arrependimento em seus olhos por ter pedido um irmão.
Hoje ele toca guitarra, cuida dos irmãos quando preciso, é dedicado e consciente sobre todas as coisas. Escreve muito, lê sobre qualquer assunto mesmo que não o interesse, e tem sua própria opinião lutando por ela com unhas e dentes.
O Tiago é especial... tem uma inteligência e percepção que não se pode definir.
Desde cedo teve problemas com visões. Se chegasse em sua casa e visse algo ou alguém que só ele via, não entrava e não nos deixava entrar. Hoje ele ainda vê pessoas que só existem para seus olhos mas não tem mais medo. Acontece com menor frequência, mas tenho muita ajuda de um pediatra que é espiritualista.
Ele toca violão como ninguém, canta músicas que parecem cantadas para mim somente, escreve com a naturalidade de escritor e tem a maior imaginação para contar estórias que já ví.
Esse meu filho é um anjo com olhos de passarinho, sempre alegre e amoroso... Mas as vezes realmente bravo e impetuoso.
O Lucas! O terceiro e espero que o último para o bem de minhas finanças...
Ele chegou como o Felipe... inesperadamente e sem planejamento algum.
Nem preciso dizer que foi um choque momentâneo saber que estava grávida pela terceira vez, mesmo evitando com anticoncepcionais.
A época foi aquela das pílulas da farinha... A primeira coisa que meu médico me instruiu a fazer foi entrar na justiça com pedido de indenização. É claro que não entrei...
Me perguntava se era justo fazê-lo, pois nessa época tinha muitas dúvidas a respeito dos designios de Deus e suspeitava que Ele estava me dando uma pessoa para cuidar que há muito tempo esperava por esse momento.
Quando o Lucas nasceu era bebê mais lindo que havia no berçário.
Todas as enfermeiras me diziam como ele era diferente, pois era grande, de olhos amendoados e sempre abertos... parecia mesmo que estava sempre sorrindo com o canto dos olhos.
Tinha as bochechas rosadas e gordas... era na realidade a perfeição. Talvez fosse um anjo.
Ele não chorava... na realidade não me lembro nunca desse fato ter ocorrido.
Ele é amoroso, didicado, sabe todos os pontos fracos das pessoas que mantem contato, para poder irritá-las quando quer, gosta de ajudar a todos, de conversar e já sabe ler há algum tempo.
Ele é o xodó de casa, mas também é o que mais dá trabalho por ser tão pró-ativo.
Esses são meus filhos... as pessoas mais importantes que já conheci.
Por eles aprendi a ser flexível em tudo que faço, aprendi a ser mais bonita por dentro e por fora.
Eles são o melhor de mim, por isso são melhores...
Mas acho realmente que para tas as pessoas sou apenas mais uma mãe... e é assim que deve ser.
Beijos.
sexta-feira, 13 de outubro de 2006
Até que ponto... ( I e II )
Hoje vim até minha página e miraculosamente ou nem tanto, o último post havia sumido... Talvez eu mesma o tenha apagado sem querer, ou mesmo meu filho de seis anos, o Lucas tenha mexido enquanto eu estava ao telefone.
O fato é que gostei muito dos comentários e acima de tudo amei tê-lo escrito. A escrita foi há muito tempo usada por mim como um meio de fuga, mas hoje vejo com clareza que na verdade ela foi minha aliada...
Quando escrevo é por necessidade de expor meus conflitos e posições perante as pessoas que me rodeiam e isso me serve como espelho... Em suma posso ver a situação melhor do que veria se não fosse exposta.
Meu filho mais velho como Merton mesmo escreveu num comentário, é um filho de ouro. Ele é o jovem mais velho que conheço...
Tem idéias e ideais próprios de sua natureza e que não são copiados de ninguém. É amoroso e dedicado a todos que ele tem como amigo, seu corpo está ficando adulto mas sua mente e espírito há muito extrapolou essa condição...
Não sei quando isso aconteceu mas eu não fiz nada para bloquear isso, pois acredito que tudo tem que ser como é... a não ser que não seja natural...
Então pergunto: Até que ponto tenho o direito de interferir nas escolhas de meus filhos?
Se meus filhos decidirem que está na hora de fazerem algo, tomarem atitude sem me consultarem, quem sou eu para me revoltar contra isso?
Sou egoista, talvez como toda mãe é, ou talvez seja mesmo muito pior...
Sou insensata e agora não cabe dúvidas em meu julgamento... Sou mesmo a pior egoista que conheço!
Não posso interferir em escolhas alheias, não posso pedir para que chorem nos meus ombros, pois até mesmo eu nunca chorei nos ombros alheios sem querer que isso acontecesse. Não posso pedir para que façam escolhas propostas por mim ou com minha aprovação... por mais que tudo isso me doa...
Sempre me achei sensata, amiga e amorosa incondicionalmente com relação aos meninos e às pessoas em geral. Hoje estou em dúvida...
Quando era criança..., não, quando era adolescente fingia que estava de acordo e na maioria das vezes meus pais nem mesmo desconfiavam que eu havia feito diferente da opinião que eles haviam me dado. O Felipe, vejo isso com a máxima clareza, possui um caráter acima da média, e é integro em tudo oque faz, pensa e diz.
Não tenho que me preocupar, mas me preocupo. Ou antes, me dói.
Espero que passe rápido essa dor e impotência...
Mas fica essa pergunta...
Até que ponto...?
O fato é que gostei muito dos comentários e acima de tudo amei tê-lo escrito. A escrita foi há muito tempo usada por mim como um meio de fuga, mas hoje vejo com clareza que na verdade ela foi minha aliada...
Quando escrevo é por necessidade de expor meus conflitos e posições perante as pessoas que me rodeiam e isso me serve como espelho... Em suma posso ver a situação melhor do que veria se não fosse exposta.
Meu filho mais velho como Merton mesmo escreveu num comentário, é um filho de ouro. Ele é o jovem mais velho que conheço...
Tem idéias e ideais próprios de sua natureza e que não são copiados de ninguém. É amoroso e dedicado a todos que ele tem como amigo, seu corpo está ficando adulto mas sua mente e espírito há muito extrapolou essa condição...
Não sei quando isso aconteceu mas eu não fiz nada para bloquear isso, pois acredito que tudo tem que ser como é... a não ser que não seja natural...
Então pergunto: Até que ponto tenho o direito de interferir nas escolhas de meus filhos?
Se meus filhos decidirem que está na hora de fazerem algo, tomarem atitude sem me consultarem, quem sou eu para me revoltar contra isso?
Sou egoista, talvez como toda mãe é, ou talvez seja mesmo muito pior...
Sou insensata e agora não cabe dúvidas em meu julgamento... Sou mesmo a pior egoista que conheço!
Não posso interferir em escolhas alheias, não posso pedir para que chorem nos meus ombros, pois até mesmo eu nunca chorei nos ombros alheios sem querer que isso acontecesse. Não posso pedir para que façam escolhas propostas por mim ou com minha aprovação... por mais que tudo isso me doa...
Sempre me achei sensata, amiga e amorosa incondicionalmente com relação aos meninos e às pessoas em geral. Hoje estou em dúvida...
Quando era criança..., não, quando era adolescente fingia que estava de acordo e na maioria das vezes meus pais nem mesmo desconfiavam que eu havia feito diferente da opinião que eles haviam me dado. O Felipe, vejo isso com a máxima clareza, possui um caráter acima da média, e é integro em tudo oque faz, pensa e diz.
Não tenho que me preocupar, mas me preocupo. Ou antes, me dói.
Espero que passe rápido essa dor e impotência...
Mas fica essa pergunta...
Até que ponto...?
domingo, 8 de outubro de 2006
Poesia Linda!!!
Estava por acaso em comunidades de poesia, quando ví uma nova e cliquei para "fuçar", pois quem não gosta de fazê-lo? Achei essa poesia linda e sei que vocês também irão gostar. Abaixo coloquei um link para a comunidade da autora. Visitem!!!
RASTRO
Às vezes penso em lembrar
Mas o que passou me revela
Que nem sempre a cabeça
Realiza o que passa por ela
É que o minuto que se passa
Não volta mais
É onde está a graça
De tudo o que se faz
Às vezes peço um sorriso
E nem sempre é o que encontro
E de tudo o que preciso
Bato sempre no mesmo ponto
É que as chuvas de verão
Molham sempre o mesmo chão
É que a lágrima que de tristeza é mágoa
É a mesma que de alegria é água
Não importa o que eu faço
Não importa o que eu penso
A vida enquanto passa
Deixa seu rastro denso.
Às vezes penso em esquecer
Mas o passado me condena
E muitas vezes nem isso
Vale a pena
É que o tempo que se passa
Faz questão de não voltar
E quando esquece e ameaça
Sempre acaba por lembrar
Às vezes peço o que preciso
Às vezes é bom lembrar
E quando encontro um sorriso
É quando vale a pena estar lá
É que as chuvas de verão
Molham sempre o mesmo chão
Deixam sempre o rastro
Dos passos que aí estão
Não importa se eu esqueça
Não importa se eu lembrar
Não importa o que aconteça
A vida sempre está!
Autora: Valéria Veiga.
http//www.orkut.com/community.aspx?cmm=21601159
RASTRO
Às vezes penso em lembrar
Mas o que passou me revela
Que nem sempre a cabeça
Realiza o que passa por ela
É que o minuto que se passa
Não volta mais
É onde está a graça
De tudo o que se faz
Às vezes peço um sorriso
E nem sempre é o que encontro
E de tudo o que preciso
Bato sempre no mesmo ponto
É que as chuvas de verão
Molham sempre o mesmo chão
É que a lágrima que de tristeza é mágoa
É a mesma que de alegria é água
Não importa o que eu faço
Não importa o que eu penso
A vida enquanto passa
Deixa seu rastro denso.
Às vezes penso em esquecer
Mas o passado me condena
E muitas vezes nem isso
Vale a pena
É que o tempo que se passa
Faz questão de não voltar
E quando esquece e ameaça
Sempre acaba por lembrar
Às vezes peço o que preciso
Às vezes é bom lembrar
E quando encontro um sorriso
É quando vale a pena estar lá
É que as chuvas de verão
Molham sempre o mesmo chão
Deixam sempre o rastro
Dos passos que aí estão
Não importa se eu esqueça
Não importa se eu lembrar
Não importa o que aconteça
A vida sempre está!
Autora: Valéria Veiga.
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domingo, 1 de outubro de 2006
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