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segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

CONTAGEM REGRESSIVA: 2008...

Olá!!
Que a partir de agora, comece uma nova contagem regressiva para o ano que se aproxima, para as novas escolhas que faremos, para novos amores ou simplesmente para a renovação do antigo amor... Que possamos ver além da aparência e acreditar que tudo é perfeito e sempre será.
Sejamos felizes... a vida passa rápido. Aproveitemos bem nossos momentos, os dias de sol. os dias de chuva, com amizade, amor e perfeição na medida que aconteçam, e não necessáriamente nessa ordem...São meus votos para esse novo ano...
Beijos e FELIZ ANO NOVO!!!

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

A recuperação (parte 4)

Foi lenta sua recuperação. Era necessário calma pois a reabilitação completa dessa mulher forte, dependia exclusivamente da boa alimentação, remédios e vontade.
Embora sua voz temporariamente fosse apenas uma vaga lembrança, logo virou um sussurro quase que inaudível para , algum tempo depois desabrochar novamente. A luta foi contínua e árdua.
Houve momentos de lutas e glória na vida deles. Ainda há, pois enquanto houver vida haverá lutas...
Logo depois ao nascimento do Felipe fomos morar sozinhos. O bairro era afastado, ficando longe tanto de uma sogra quanto de outra. Achávamos que com isso aprenderíamos a nos conhecermos melhor e a cuidarmos do sozinhos e do nosso jeito.
Vivíamos razoavelmente bem, mas o ciúme e a desconfiança rondavam o meu coração. Por mais que eu amasse o Alexandre, sempre via com desconforto o quanto ele era diferente de mim, e não entendia como poderia acontecer isso. Havia ainda para mim a possibilidade dele ter herdado hábitos de seu pai, que era mulherengo, alcoólatra e jogador compulsivo.
Não raramente me pegava pensando se ele não seria assim também, principalmente mulherengo.
Passei a ser uma pessoa obcecada por seu dia a dia. Telefonava várias vezes e em horas alternadas para que ele não soubesse da intenção que tinha de pegá-lo em algum deslize. Mas é claro que ele já sabia. Tínhamos discussões horríveis. Nos atacávamos verbalmente e constantemente, eu mais que ele. Não sei como sobrevivemos àquela época. Apenas uma explicação encontro para estarmos juntos até hoje: Seu grande amor por mim.
Eu era tão insuportável quanto minha mãe e minha irmã Ana eram com seus maridos.
Não sei a que horas, nem mesmo a partir de que momento comecei a perceber a semelhança sutil, ou não tão sutil assim, que existia entre nós, mas me lembro de ter pensado um dia, conversando com meu irmão Nilton, que precisava mudar para meu próprio bem e para o bem do Felipe e de meu marido. Aliás ele nunca me dava motivos para imaginar aquelas coisas que só faziam parte de minha cabeça. Ele saia de casa para trabalhar e voltava sempre nos horários programados. Não havia motivos para todo aquele sofrimento. Toda aquelas discussões que não levava a nada... Apenas mágoas.
Outro dia li uma frase que dizia assim: "Na vida há poucas alegrias e muitas desilusões...".
Não concordo com isso totalmente. Diria que a vida é feita com o tempero que você usa. Sem saber, naquela época comecei a usar os temperos certos para que não fosse minha vida nem tão triste, e nem tão solitária.

terça-feira, 14 de agosto de 2007

**Prá tudo se dá um jeito...3**

Por incrível que pareça diante de tantos receios que tinha ao revelar ao Alexandre e principalmente ao meu pai que seriam pai e avô respectivamente, a expectativa de ser mãe era realmente o maior dos receios e os outros deixavam quase de existir.
Minha família recebeu a notícia creio eu, melhor que os pais dele, em especial sua mãe Tania, que praticamente criou seus três filhos sozinha tendo apenas a ajuda constante de seu próprio filho mais velho, que era o Alexandre. Meu sogro chorou quando soube que seria vovô, mas minha sogra disse que seria no máximo titia, pois não tinha ainda idade para ser avó.
Jamais poderei explicar o quanto nos magoamos com essa frase feita em tom de brincadeira em meio aos meus familiares. Jamais esquecemos desse detalhe, mesmo quando o Felipe nasceu e até os dias de hoje. Com isso aprendemos desde cedo o quanto não dizer nada vale ouro, quando não se tem nada de bom para se dizer...
Isso rendeu inimizades e desprezos futuros...Que poderia ter sido obviamente evitado.
Recentemente soube que meu irmão mais velho foi amamentado pela primeira vez por minha avó materna. Minha mãe me contou que isso fez com que o Carlos não aceitasse mais o peito, e assim minha vó insistia para que seu neto fosse deixado com ela para que pudesse cuidar dele melhor. É claro que minha mãe não aceitou, o que a ofendeu muito. A conclusão disso é que meu irmão teve que tomar mamadeira, pois não aceitava o peito de minha mãe, e talvez por isso tenha sofrido tanto logo mais.
O Carlos sempre foi inteligente e amoroso. Aos 12 anos montou um rádio praticamente sozinho. Feito grande para um menino que vivia num sítio longe da cidade grande. Mas lodo abandonou o curso por correspondência que fazia de eletrônica e foi trabalhar. Sempre trabalhador, não teve tempo de se ater aos estudos. Logo se casou, pois sua namorada estava grávida, isso tudo no finzinho da década de 70, quando ainda era um terror se casar grávida e imperdoável não se casar diante do fato. Maria sempre foi pau pra toda obra, mas era muito jovem quando se casou. Infelizmente a imaturidade vem acompanhada com erros gravíssimos quando outros dependem de nossa inteligência emocional que tanto se prega abertamente hoje em dia. Tiveram uma filha, a Lia e um filho, Jim. Quando se casaram moraram com a mãe dela por um tempo e depois foram morar com meus pais. Eu era pequena, mas ainda me lembro das discussões entre eles. Dizem que crianças não se lembram de quase nada antes dos seis anos, mas não é totalmente verdade. Meu marido, por exemplo, diz se lembrar de todas as vezes que seus pais se agrediam verbalmente ou até fisicamente. Já um primo seu achou melhor apagar da memória como se não tivesse acontecido com ele, já que seus pais viviam em condição igual ao dos pais do Lê.
Lembro-me de coisas, situações, cheiros, expressões peculiares que me fazem ter a recordação intensa de ontem. Algumas delas me fazem chorar. Outras me fazem rir. Todas elas me marcaram de certa maneira para sempre...
Ainda me lembro que Maria fazia esporadicamente as unhas das mulheradas perto de casa e Lia era apenas um bebezinho que comia papinha de frutas, dessas compradas em farmácias e supermercados. Uma vez inclusive fiquei impressionada ao ver como ela sugava o seio de Maria. Achava impossível que alguém pudesse gostar daquilo. “Leite humano, Blargh!”. Maria então tomou uma solução drástica: espirrou o leite em mim. Jurei ódio eterno a ela, que ria largamente com seu jeito de menina mulher. Bons tempos aqueles em que meu coração não conhecia o rancor nem a mágoa, apenas o amor por todos ali.
Meu casamento então foi uma maravilha. Meu irmão Nilton me deu uma festa em uma casa onde havia até mesmo uma piscina. Vejam só. Foram padrinhos todos os meus irmãos e alguns tios de outra cidade. Depois de tudo, fomos morar na casa dos pais dele, isto é, nos fundos, o que chega a dar no mesmo. Moramos ali até que o inquilino saísse da casa que sua mãe possuía em um bairro afastado tanto de meus pais quanto dos pais dele. Passei a gravidez toda passando mal e não me lembro de ter ficado mais que o necessário naquela casa enquanto transcorria minha gravidez. A maior parte dos dias ia para a casa de meus pais que naquela época cuidava dos filhos de minha irmã Ana, pois ela sofria de esquizofrenia, e ainda hoje toma medicamentos fortíssimos.
Tenho muita pena dessa minha irmã. Ela fez tudo o que podia para se casar com Oswaldo. Tudo mesmo, menos perder a virgindade. E olha que ela já tinha 27 anos. Como tenho certeza? No dia seguinte ao casamento entra em nossa casa uma Ana transtornada. Dizia que seu marido não havia sido tão delicado e que estava sangrando e com muita dor. Aparentemente ele não acreditou ser o primeiro homem dela. E aparentemente começa ali uma das maiores causas de seus problemas emocionais. A incompreensão, a revolta e o medo que se instalou nela de tomar uma atitude com o passar do tempo.
Quando ela teve seu primeiro filho o Breno, ficamos sabendo por um vizinho que freqüentemente ela apanhava do meu cunhado. Ao ser perguntado se era verdade ela respondeu que a culpa era dela, pois sentia ciúmes do marido e não queria que ele conversasse com ninguém ou saísse de casa sem ela.
Aí podemos ver como são as coisas. Não dá para saber exatamente o que realmente acontecia, mas sabemos que tudo levou a uma degradação física e moral dessa pessoa que antes era uma das mais lindas moças que haviam por aquelas bandas. Trabalhava em uma grande loja, sempre maquiada e com roupas caras feitas sob medida. Seu futuro com certeza era muito promissor. Quando começou a namorar meu cunhado, achou que era perfeito. Alguns meses depois começou a desconfiar que ele estava saindo com outra. Como ela tinha certeza, minha mãe me disse para ir com ela um dia atrás do Oswaldo e qual não foi a surpresa quando o vimos aos beijos com uma viúva que morava logo ali pertinho de casa. Terminaram então por uma semana mais ou menos. Até que ele foi conversar com ela e jurou que havia terminado seu relacionamento com a viuvinha.
Ela acreditou, mas ficou no seu pé a espera de um deslize.
Sobre isso tenho que dizer que nunca entendi direito. Nem mesmo hoje entendo. Se ela não acreditava mais nele acho que seu orgulho a fez aceitar se casar, e ir a lugares em busca de ajuda como, por exemplo, macumbeiras e benzedeiras. Ninguém em casa concordava com ela, na época todos éramos católicos fervorosos, então achávamos errado atingir um objetivo dessa maneira, mesmo que o objetivo em si fosse aparentemente a felicidade própria.
A verdade é que tínhamos medo que o feitiço virasse contra o feiticeiro. Dito e feito.
Minha irmã teve 3 filhos. Quase que um atrás do outro. Ela não tinha condições de se lembrar de tomar os cuidados sozinha para que evitasse engravidar. Meu cunhado nunca ligou para isso. Breno era lindo e gordo. Parecia um bonecão. Brincalhão e fofo. Depois veio a Patrícia que era linda como a descrição da branca de neve, só que seus cabelos eram mais claros. Por fim nasceu a Raila pequena e frágil... Chorava sem parar quando era bebê. Se tornou uma moça responsável e bela hoje. Aliás, os três para mim são vencedores. Agradeço muito a eles, pois a noção que tenho de ser mãe, devo muito aos dias em que enquanto minha irmã estava internada em uma “clínica de repouso”, cuidei deles juntamente com minha mãe. Estava grávida de meu primeiro filho então, mas minha alegria era todos os dias chegar à casa de meus pais e ver aqueles rostinhos. Eles nos chamavam de três patetas, como no filme. Mas ali éramos quatro. Meu pai, minha mãe, meu irmão Nilton e eu. Éramos realmente patetas por eles e faríamos qualquer coisa por esses três, sempre.
Depois de meu nascimento minha mãe não via fim às visitas aos médicos. Sempre fazendo exames e esperando o melhor momento de se fazer a operação, que muito ela temia. Precisaria ser feita em São Paulo, o que dificultava muito, pois não tinha quem ficasse com as crianças. Meu pai precisaria ir com ela e, a bem da verdade nenhum dos dois sabiam como chegar no hospital.
Foram dias e semanas sem fim esperando que o dia chegasse. E quando chegou o dia, pegaram um ônibus para São Paulo, levando consigo o pouco dinheiro que conseguiram juntar durante meses para esse dia tão temível.
Chegando lá, tiveram que ir a um posto do Inps, pois no hospital foram informados que a internação seria apenas na manhã seguinte. Nem mesmo posso imaginar qual não foi o desespero por não terem dinheiro suficiente para alugarem um quarto ou comerem algo, pois o dinheiro daria apenas para que meu pai voltasse daquela grande cidade. Em meio a tudo isso, encontraram um rapaz gentil que sabendo o que passavam naquele momento, tirou de sua carteira dinheiro suficiente para que passassem a noite e fizessem uma refeição em uma pensão perto do hospital. Meu pai diz até hoje com lágrimas nos olhos que se voltasse a ver aquele homem, lhe mostraria o quão bondoso havia sido naquele dia. Esse homem, um simples desconhecido fez por eles o que mais ninguém conhecido na época se propôs a fazer. Com o dinheiro então, alugaram um quarto muito simples e comeram pela primeira vez aquele dia: uma sopa ralíssima que mais parecia apenas caldo. Passaram frio pois ali tinham apenas lençóis, e ao acordarem foram direto ao hospital, onde minha mãe ficou por quase dois meses a espera que meu pai fosse buscá-la.
Enquanto ela lá se recuperava da operação onde foi retirado todo o osso do queixo e no lugar colocado uma prótese de silicone, aqui a vida estava difícil. Meu pai não conseguia juntar o dinheiro para as passagens, e, para complicar, fiquei doente e precisei de remédios e cuidados extras. Por mais de uma vez precisou durante aqueles dois meses dispor do dinheiro por causa da casa, de remédios e alimentação. Por muitas vezes chorou e clamou a Deus para que o ajudasse a ter forças. Por muitas vezes ele achava que a ajuda não viria...
Minha mãe ficava a maior parte do tempo só, a não ser esporadicamente quando vez ou outra um paciente ficava por ali junto no mesmo quarto. Todos se sensibilizavam sabendo da situação em que vivíamos aqui em nossa cidade, e brincavam com ela dizendo que meu pai não iria mais buscá-la. Ela não se chateava, mas tinha muito medo que a mandassem embora dali por já estar bem, e se isso acontecesse para onde iria?
Passou-se então dois meses e meu pai foi recebido com festa no hospital. Todos ficaram felizes ao verem minha mãe partir, e aqui ficamos felizes ao vermos seu retorno.

domingo, 22 de abril de 2007

Pra tudo se dá um jeito parte 2

***A barriga foi crescendo e a apreensão que sentia naturalmente aumentava a medida que começava a sentir os primeiros sintomas de um câncer. Seus dentes começaram a ficar moles e aparentemente seu queixo inchava muito sem motivo aparente. Não sentia dores. Apenas sentia que algo estava errado.
Quando chegou ao médico da cidade ele se assustou com o tamanho de seu queixo, e constatou que o bebê, isto é, eu estava bem e saudável. Depois da consulta rotineira disse a ela que era extremamente importante que se consultasse com um especialista para verificar o que poderia estar acontecendo com seus dentes e rosto.
Os médicos então descobriram um tipo raro de câncer chamado vulgarmente de tumor gigante. Vieram especialistas de São Paulo para vê-la. Todos os meses era preciso que se consultasse com os médicos, “até o bebê nascer”, diziam, quando marcariam finalmente a cirurgia. A cada ida à cidade, era humilhante para ela, e todos sabiam que só fazia para proteção do bebê.
Todos sabemos como as pessoas podem ser cruéis, mas as crianças são de certa maneira mais cruéis em sua ignorância, em minha opinião, que naturalmente vale menos que um grão de areia. O fato é que havia crianças que olhavam para ela e apontavam o dedo dando risadas e diziam: “ essa vai ter 2 bebês, um pelo queixo e outro pela barriga, né?”. A maioria das vezes a mãe repreendia, mas sempre tinha aquelas que achava graça da chacota dos filhos. Mas não eram apenas as crianças que a atormentavam. De fato seu rosto estava deformado pela doença. Seu queixo chegava na altura dos seios e realmente quem olhava dava a impressão que se encontrava com a barriga. Essa história sempre me emocionou...
Imaginá-la passando por isso e eu ali quietinha e quentinha em sua barriga protegida de todo o exterior, me incomoda até o dia de hoje. Era para ela ter chorado de raiva de mim por que grandes partes de seus problemas diminuiriam se eu não existisse naqueles momentos de terror.
Mas ela me amava e queria me proteger a todo custo daquela doença terrível. Quando eu nasci, os médicos aplicaram nela uma injeção para facilitar o parto que a deixou sonolenta. Segundo ela, antes de perder a consciência me mostraram a ela e a única coisa que achou ver é que eu tinha uma mancha horrível no rosto.

Ao acordar perguntou a enfermeira onde estava o bebê.
- A menina já vem, dona Gina. Seu marido está aí fora.
Era uma menina! Não acreditava no que ouvia. Menina, como a outra...
- Mas, ela tinha uma mancha escura no rosto, não tinha?
- Não, ela é branquinha, branquinha! Disse a enfermeira.
E realmente eu era normal. Transparente de tão branca. Não tinha cabelos, apenas uma penugem rala envolvia minha cabeça. Chamaram-me de Silvia e assim foi que eu nasci como a raspa de tacho desse casal incrível.

Quando conheci o Alexandre, meu marido, não tínhamos a pretensão de namorarmos, pois éramos apenas amigos de escola. Logo ele mudou seu horário na escola e, enquanto eu ainda estudava a noite e trabalhava durante o dia, ele passou a trabalhar a noite e estudar de manhã. Ficamos então um tempo grande sem nos ver, e qual não foi minha surpresa quando ele começou a freqüentar minha casa assiduamente vendendo roupas que sua mãe comprava em São Paulo. Virei freguesa e nos víamos com freqüência, o que nos levou a ficarmos próximos e assim a proximidade evoluiu para algo mais sério.
Meu pai achava que o Lê, era como eu chamava o Alexandre, por trabalhar com o pai dele esporadicamente como eletricista, e vendendo roupas para a mãe, não era um genro que ele esperava para sua filha mais nova. Desejava que ele tivesse um emprego fixo, pelo menos. Alem disso ainda havia o fato que seus pais eram separados legalmente, mas voltaram a morar juntos há algum tempo, tendo um relacionamento conturbado devido ao alcoolismo de seu pai. Aparentemente eram pessoas boas, mas que faltava o emprego fixo, isso faltava.

Após oito meses de namoro engravidei e sem saber a quem contar, desabafei-me com meu irmão, Nilton. Ele sempre foi um irmão maravilhoso. Me defendia quando eu tinha razão e os outros não, e me chamava a atenção quando acontecia o contrário. Não conhecia ninguém com quem eu quisesse parecer a não ser ele. Sensatez, educação, caráter, e humildade, além de inteligência fora do comum, eram apenas algumas de suas qualidades.
Ele na verdade se tornou o centro da irmandade. Falando assim até se parece com seita, é verdade, mas ele realmente foi a pessoa a quem mais recorríamos em horas de necessidade, não material, mas de conselhos. Ele fazia com que víssemos que sempre havia uma maneira melhor de conseguir as coisas, e mais de um jeito para nos perdermos dela.
Assim é como via meu irmãozinho que hoje tanta falta me faz... Pois a vida toma rumos em que nos perdemos a maior parte dos dias, sem termos o tempo necessário para o amor fraterno e familiar.

Quando ele soube que seria tio, a primeira impressão que tive foi que ele levou o maior susto de sua vida, mas depois percebi que a preocupação por meu estado geral ganhou força em seu coração e racionalmente agiu como apenas um pai faria. Perguntou-me se eu me casaria e se o Lê sabia. Como disse antes ele ainda não sabia, pois ainda que eu sentisse um amor especial por ele jamais tive certeza absoluta que me amasse o suficiente para se casar por nós e não apenas por causa do bebê. Diante de todo esse drama meu irmão me aconselhou a contar para ele e consultar um médico imediatamente para exames e acompanhamento. Assim percebi que teria todo o apoio de que tanto necessitava e esperava. Nada mais me dava medo. Eu tinha alguém do meu lado.

Meu irmão Nilton tinha uma namorada tão inteligente quanto ele. A Luciana se mostrou uma pessoa maravilhosa e amiga nessa situação nova em que eu vivia. Me ajudou mais do que ela mesma poderia imaginar. Andou por dias e dias comigo a procura de um vestido de noiva que não fosse tão caro mas fosse de meu agrado, e o mais importante, me acompanhou ao médico juntamente com minha mãe. Foram elas as primeiras pessoas a verem o coração do Felipe batendo dentro de mim através do ultra-som. Minha gravidez contava então de 15 a 20 dias.

terça-feira, 10 de abril de 2007

Pra tudo se dá um jeito

Meus pensamentos voavam desde cedo...

Seus olhos exibiam uma tênue luz, daquelas que só se vêem em um quarto escuro onde a porta está semi aberta, e por onde entra um feixe de luz amarelada. Exibiam acima de tudo a bondade e o exato Amor que apenas um Pai ou uma Mãe exibem verdadeiramente. Mas não todo Pai e nem toda Mãe são capazes de algo assim... Pensei ali, naquele momento que um dia talvez eu seria assim, despojada de propósitos próprios, amorosa e uma pessoa voltada para a família.
Eu tinha 6 anos na época em que meu pai me acordava logo de madrugada quando o sol era apenas uma idéia fraca de luz quente. Às vezes a cerração cobria grande parte do bairro que mais parecia um grande morro, e não dava para distinguir onde estavam as pequenas casinhas de tábua que se aglomeravam sem pudor algum. Uma ou outra vez passava algum morador que se dirigia ao ponto de ônibus rumo ao trabalho e cumprimentava meu pai, que entre a tosse interminável e uma tragada de cigarro respondia com um aceno de cabeça.
Eu ainda posso sentir o cheiro de cigarro misturado ao cheiro de sabonete e café que meu pai tinha quando eu era pequena... E embora todos fôssemos humildes, éramos felizes, e não sabíamos.
Em nossa casa havia sempre muita gente. Pessoas que iam e vinham todos os dias em busca de papo furado, ou de conversa mais séria... E de vez em quando havia uma vizinha falando das manchetes do dia daquele bairrinho. Quando havia criança eu brincava, quando não havia, brincava do mesmo jeito. Não havia televisão que me segurasse no sofá, a não ser se estivesse com febre ou algo parecido.
Quando chovia muito minha casa se transformava em um pequeno rio, fato que aborrecia e muito os meus pais e irmãos, embora eu achasse muito divertido.
Minha mãe conheceu meu pai no sítio onde moravam, e ela lavava suas roupas e ajudava minha avó, uma italiana forte tanto de personalidade quanto fisicamente falando. Logo, em meio a explosões de felicidade e problemas que invariavelmente o amor nos trás, tiveram que enfrentar meu avô materno que logicamente almejava um partido melhor para qualquer de suas filhas, senão todas elas, e não um pobretão como meu pai, sem eira nem beira.
Graças a Deus, minha mãe bateu o pé e então em um certo dia, se casaram e viveram felizes na maior parte do tempo, acho...


Leon se arrumava para o casamento e pensava o quanto seria bom se seus pais ainda fossem vivos... Ele pelo menos teria orgulho por ver que seu filho se casava com uma moça linda, prendada e de família boa.
Lembrou-se daquele dia fatídico em que seu pai foi morto por um assassino covarde. Tinha apenas 6 anos. Época difícil em que quem possuía um pedaço de terra, também tinha que ter capangas para protegê-las de seus vizinhos maiores e gananciosos... ou simplesmente, de ladrões.
Depois do assassinato de seu pai e madrasta, ficaram todos sozinhos, tantos filhos órfãos deixados a Deus dará... Foi preciso vender o sítio por um dinheiro miserável que mal deu para passarem um ano sequer...
Mas agora ele estava se casando... Com a Gina, uma moça linda e boa. Tudo daria certo.
Em outra casa, uma moça de cabelos cor de mel e olhos da mesma cor, vivia um momento lindo de plenitude, só quebrada uma vez ou outra pelos xingamentos de seu pai que ainda não acreditava que uma de suas filhas se casaria com um João-ninguém. “Amor não enche a barriga, viu?”, gritava ele. O fato é que estava feliz por se ver livre daquela casa, onde tanto apanhavam por motivo qualquer e por motivo nenhum também. Sua avó também chegou a ser agredida várias vezes por seu pai. E sua mãe, coitada! Sofria com as escapadelas dele e de suas agressões que machucavam e deixavam marcas que jamais seriam esquecidas nem mesmo pelo agressor.
Sentia-se linda naquele vestido, com aquela grinalda... Talvez jamais houvesse outra chance como aquela de ser feliz com aquele que amava. “Ah, Leon...”, cantarolava...


Passou-se 11 meses e Gina acabava de ter seu primeiro filho, Carlos. Era um bebê lindo, quase um anjo, com olhos claros, pele branca e rosada, cabelos ralos e louros, quase avermelhados em alguns lugares.
Tinha resolvido que seria melhor ter o bebê na casa de seus pais por insistência de sua mãe.
Jamais sofrera tanta dor assim. Não imaginava, embora já tivesse visto partos, que fosse tão difícil ter um na pele. “Ainda bem que o Leon achou a parteira aquela hora da noite, ou, sabe se lá...” Pensava...
_ Gina! Estou falando coce! Ta me ovindo não? Ta passano mar, fia?
Olhou para sua mãe e pensou o quanto aquela mulher era forte, e desejou ser como ela.
_Eu to bem mãe, a senhora não se percupe... Tô apenas cansada e percupada co nenê.


Na verdade ela não entendia algumas coisas que lhe aconteciam, como por exemplo, a raiva que sentia sempre que seu marido conversava com quem quer que fosse. Seria como se ele desse mais às pessoas que a ela mesma, que era para ser a mais importante pessoa de sua vida. Por que dar mais importância aos outros que a ela? Por que perder tempo com outros enquanto poderiam estar juntos? Voltou seus pensamentos ao filho que acabou de nascer, desejando que ele fosse o principio de mudanças boas em suas vidas...


Meus pais tiveram ainda mais cinco filhos. O segundo bebê a nascer foi Neide. Depois vieram Ana, o Nilton e a Vera que faleceu devido à pneumonia trinta dias após seu nascimento. Para continuar minha história devo relatar como aconteceu esse infortúnio que talvez tenha sido o que desencadeou a história de minha vida e de toda minha família.
Minha irmã Vera nasceu saudável e linda, como todos os bebês devem nascer. Após alguns dias começou a ter febre e tosse, acompanhada de diarréia. Foi levada ao hospital e lá ficou até sua morte, ao completar um mês de vida. Meu pai foi a única pessoa em seu enterro. Carregou com emoção aquele caixãozinho branco para o cemitério. Minha mãe não acreditava em como podia ter acontecido aquilo. No dia seguinte mesmo debaixo de chuva e baixíssima temperatura, se pôs a voltar ao trabalho na lavoura. Ficou muito tempo inconformada e vivendo aos prantos, chorando por sua filhinha que por tão pouco tempo carregou em seus braços.
Foi então que se descobriu grávida novamente. A alegria e esperança se misturavam com a promessa que fez a algum santo se essa criança fosse menina como a outra. Assim começa minha história e a história de duas pessoas que são importantes para muita gente.

quinta-feira, 5 de abril de 2007

Dieta...

Querido Diário,
Hoje começo a fazer dieta. Preciso perder 8 kg. O médico aconselhou a fazer um diário, onde devo colocar minha alimentação e falar sobre o meu estado de espírito.
Sinto-me de volta à adolescência, mas estou muito empolgada com tudo. Por mais que dieta seja dolorosa, quando conseguir entrar naquele vestidinho preto maravilhoso, vai ser tudo de bom.

***

Primeiro dia de dieta:
Um queijo branco. Um copo de diet shake. Meu humor está maravilhoso. Me sinto mais leve. Uma leve dor de cabeça talvez.

***
Segundo dia de dieta:
Uma saladinha básica. Algumas torradas e um copo de iogurte. Ainda me sinto maravilhosa. A cabeça doi um pouquinho mais forte, mas nada que uma aspirina não resolva.

***

Terceiro dia de dieta:
Acordei no meio da madrugada com um barulho esquisito. Achei que fosse ladrão. Mas, depois de um tempo percebi que era o meu próprio estômago. Roncando de dar medo. Tomei um litro de chá. Fiquei mijando o resto da noite.

Anotação: Nunca mais tomo chá de camomila.


***


Quarto dia de dieta:
Estou começando a odiar salada. Me sinto uma vaca mascando capim. Estou meio irritada. Mas acho que é o tempo. Minha cabeça parece um tambor. Janaína comeu uma torta alemã hoje no almoço. Mas eu resisti.

Anotação: Odeio Janaína

***

Quinto dia de dieta:
Juro por Deus que se ver mais um pedaço de queijo branco na minha frente, eu vomito! No almoço, a salada parecia rir da minha cara. Gritei com o boy hoje! E com a Janaína. Preciso me acalmar e voltar a me concentrar. Comprei uma revista com a Gisele na capa. Minha meta. Não posso perder o foco.


***
Sexto dia de dieta:
Estou um caco. Não dormi nada essa noite. E o pouco que consegui, sonhei com um pudim de leite. Acho que mataria hoje por um brigadeiro..

***


Sétimo dia de dieta:
Fui ao médico. Emagreci 250 gramas.
Tá de sacanagem! A semana toda comendo mato. Só faltando mugir e perdi 250gramas! Ele explicou que isso é normal. Mulher demora mais emagrecer, ainda mais na minha idade. O FDP me chamou de gorda e velha!

Anotação: Procurar outro médico.


***

Oitavo dia de dieta:
Fui acordada hoje por um frango assado. Juro! Ele estava na beirada da cama, dançando can-can.

Anotação: O pessoal do escritório ficou me olhando esquisito hoje, Janaína diz que é porque estou parecendo o Jack do "Iluminado".


***

Nono dia de dieta:
Não fui trabalhar hoje. O frango assado voltou a me acordar, dançando a dança-do-ventre dessa vez. Passei o dia no sofá vendo tv. Acho que existe um complô. Todos os canais passavam receita culinária. Ensinaram a fazer Torta de morangos, salpicão e sanduíche de rocambole.

Anotação: Comprar outro controle remoto, num acesso de fúria, joguei o meu pela janela.

***

Décimo dia de dieta:
Eu odeio Gisele B.


***

Décimo-primeiro dia de dieta:
Chutei o cachorro da vizinha. Gritei com o porteiro. O boy não entra mais na minha sala e as secretárias encostam na parede quando eu passo.

***


Décimo-segundo dia de dieta:
Sopa.

Anotação: Nunca mais jogo pôquer com o frango assado. Ele rouba.

***


Décimo-terceiro dia de dieta:
A balança não se moveu. Ela não se moveu! Não perdi um mísero grama! Comecei a gargalhar. Assustado, o médico sugeriu um psicólogo. Acho que chegou a falar em psiquiatra. Será que é porque eu o ameacei com um bisturi?

Anotação: Não volto mais ao médico, o frango acha que ele é um charlatão.


***

Décimo-quarto dia de dieta:
O frango me apresentou uns amigos. A picanha é super gente boa, e a torta, embora meio enfezada, é um doce.

***

Décimo-quinto dia de dieta:
Matei a Gisele B! Cortei ela em pedacinhos e todas as fotos de modelos magérrimas que tinha em casa.

Anotação: O frango e seus amigos estão chateados comigo. Comi um pedaço do Sr. Pão. Mas foi em legítima defesa. Ele me ameaçou com um pedaço de salame.


***

Décimo sexto dia:
Não estou mais de dieta. Aborrecida com o frango, comi ele junto com o pão.E arrematei com a torta. Ela realmente era um doce...


Frase do dia:

"Estou fazendo a dieta da sopa... Deu sopa eu como!"


Valeu Glaucia!!!

Bjs no coração.

quinta-feira, 29 de março de 2007

Hilário, mas nem tanto...

ASSALTANTE BAIANO
Ô meu rei... ( pausa )
Isso é um assalto. ( longa pausa )
Levanta os braços, mas não se avexe não...( outra pausa )
Se num quiser nem precisa levantar, pra num ficar cansado ....
Vai passando a grana, bem devagarinho ( pausa pra pausa )
Num repara se o berro está sem bala, mas é pra não ficar muito pesado.
Não esquenta, meu irmãozinho, ( pausa )
Vou deixar teus documentos na encruzilhada .

ASSALTANTE MINEIRO
Ô sô, prestenção
issé um assarto, uai.
Levantus braço e fica ketin quié mió procê.
Esse trem na minha mão tá chein de bala...
Mió passá logo os trocados que eu num tô bão hoje.
Vai andando, uai ! Tá esperando o quê, sô?!

ASSALTANTE CARIOCA
Aí, perdeu, perdeu, mermão
Seguiiiinnte, bicho
Tu te fu. Isso é um assalto
Passa a grana e levanta os braços rapá ..
Não fica de caô que eu te passo o cerol....
Vai andando e se olhar pra tras vira presunto

ASSALTANTE PAULISTA
Pôrra, meu .
Isso é um assalto, meu
Alevanta os braços, meu
Passa a grana logo, meu
Mais rápido, meu, que eu ainda preciso pegar a bilheteria aberta pra
comprar o ingresso do jogo do Sun Paulo, meu . Pô, se manda, meu


ASSALTANTE GAÚCHO
O gurí, ficas atento
Báh, isso é um assalto
Levanta os braços e te aquieta, tchê !
Não tentes nada e cuidado que esse facão corta uma barbaridade, tchê.
Passa os pilas prá cá ! E te manda a la cria, senão o quarenta e quatro fala.


ASSALTANTE DE BRASILIA
Querido povo brasileiro, estou aqui no horário nobre da TV para dizer que no final do mês, aumentaremos as seguintes tarifas: Energia, Água, Esgoto, Gás, Passagem de ônibus, Imposto de renda, Lincenciamento de veículos, Seguro Obrigatório, Gasolina, Álcool, IPTU, IPVA, IPI, ICMS, PIS, COFINS...


Esta mensagem foi enviada por Aline Arregados.

Aline, beijo.

terça-feira, 6 de março de 2007

As pessoas me perguntam se sou contra ou a favor da pena de morte...
É dfícil escolher se uma pessoa viverá ou morrerá em minhas mãos. A vida não é um simples pudim de leite condensado que pensamos em deixar para lá para não engordarmos. Se tivese que escolher entre matar ou morrer preferia viver, então me olham com uma indisfarçável expressão de raiva por não ser capaz de escolher.
Vamos colocar assim: se eu tivesse uma arma em casa e entrasse um ladrão eu sem pestanejar atiraria nele, pois não quero ser morta, nem ser violentada ou algo do gênero. Mas, acredito também que as penas não são justas e por outro lado as pessoas não fazem realmente muita coisa para mudar as legislações. Comentei com o Felipe outro dia que sinto saudades daquela palhaçada que nós jovens participamos contra o Collor. Foi maravilhoso e marcou muito... Assim como marcou o fato do povo ter esquecido tudo e ajudado vários escrotos da vida pública voltar a ativa. Nós elegemos, nós nos ferramos!!!
Ah!!! Nós nos esquecemos... facilmente.
Assim como a maioria que realmente importa esquecerá em breve todos esses problemas que envolve a opinião pública. Afinal oque importa não é ser ou não contra a pena de Morte. è ser a favor de nossa própria vida.

Kansas - Dust in the wind





Khansas
Dust in the wind

I close my eyes
only for a moment
then the moment's gone
all my dreams
pass before my eyes, a curiosity
dust in the wind
all they are is dust in the wind

Same old song
just a drop of water
in an endless sea
all we do
crumbles to the ground
though we refuse to see
dust in the wind
all we are is dust in the wind, ohh

Now, don´t hang on
nothing lasts forever
but the earth and sky
it slips away
And all your money
won`t another minute buy
Dust in the wind
all we are is dust in the wind(x2)
dust in the wind
everything is dust in the wind(x2)
The wind

segunda-feira, 12 de fevereiro de 2007

Necessidades sexuais....

Necessidades especiais....

Eu nunca havia entendido porque as necessidades sexuais dos homens e das mulheres são tão diferentes. Nunca tinha entendido isso de ''Marte e Vênus''.

E nunca tinha entendido porque os homens pensam com a cabeça e as mulheres com o coração. Uma noite, semana passada, minha mulher e eu estávamos indo para a cama. Bom, começamos a ficar a vontade, fazer carinhos, provocações, o maior tesão e, nesse momento, ela parou e me disse:

- Acho que agora não quero, só quero que você me abrace...
Eu falei:
- O QUEEEEEEEEEEEEEEEEÊ???
Ela falou:
- Você não sabe se conectar com as minhas necessidades emocionais como mulher. Comecei a pensar no que podia ter falhado. No final, assumi que aquela noite não ia rolar nada, virei e dormi.

No dia seguinte, fomos ao shopping. Entramos em uma grande loja de departamentos..

Fui dar uma volta enquanto ela experimentava três modelitos caríssimos. Como não podia decidir por um ou outro, falei para comprar os três. Então, ela me falou que precisava de uns sapatos
que combinassem , a R$200,00 cada par. Respondi que tudo bem. Depois fomos a seção de joalheria, onde escolheu uns brincos de diamantes. Estava tão emocionada!! Deveria estar pensando que fiquei louco. Acho até que estava me testando quando pediu uma raquete de tênis, porque nem tênis ela joga.

Acredito que acabei com seus esquemas e paradigmas quando falei que sim. Ela estava quase excitada sexualmente depois de tudo isso. Vocês tinham que ver a carinha dela, toda feliz! Quando ela falou:
- Vamos passar no caixa para pagar, amor? Daí eu disse:
- Acho que agora não quero mais comprar tudo isso, meu bem... Só quero que você me abrace!!!
Ela ficou pálida. No momento em que começou a ficar com cara de querer me matar, falei:
- Você não sabe se conectar com as minhas necessidades financeiras de homem.
Vinguei-me... mas acredito que o sexo acabou para mim até o Natal de 2010.

( Luís Fernando Veríssimo)
Necessidades sexuais....